segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Eram quatro horas da manhã, o céu ainda nem pensava em clarear, não se via mais a lua, somente três estrelas. Cobertas quentes. Um corpo frio. Um travesseiro cheio de pesadelos, melancólico travesseiro. Olhos abertos, em profundo alerta, procurando qualquer sintoma sonífero. Pensamentos equivalentes a pensamentos de um dia inteiro, tudo passando em minha mente como num filme. Quando o sol subisse, a vida iria continuar. As olheiras estarão estampadas em meu rosto, mostrando que tive mais uma noite de insônia. Eu queria dormir, bem que queria. Mas não conseguia, era em vão tentar. Qualquer barulhinho chamava minha atenção. Meus olhos ficavam atentos, negando a fecharem-se.

Então ao despertar, ouvi sua voz em meu pensamento. Soava como o vento que nos refresca em um dia de verão. Era quase como um chamado para o paraíso. Eu estava sonhando acordada, mas ouvia nitidamente você dizendo que me amava. Chega a ser bizarro o tanto de amor acumulado em meu peito só pra você. Meu rosto estabelecia nitidamente a noite má dormida que eu tivera. O cansaço tomava conta de mim, um bocejo transcorria pela minha boca a cada minuto. Eu sabia que só havia um jeito para me manter acordada durante o resto do dia. Café, muito café.

Quem me visse naquele estado, provavelmente acharia que eu estivesse drogada. Minha cara estava péssima, e como. Mas eu acabava me acostumando com aquela idéia. A insônia era minha companheira a um bom tempo já. Embora ela estivesse um pouco afastada nos últimos meses.

3 comentários:

  1. DROGADAAA! AHUAHAUHAA Brimks. Gostei do detalhe: "não se via mais a lua, somente três estrelas." Muito bem colocado.

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  2. Que narração interessante, admirável ;). E Sim, Chaplim é tudo. Beijos, segui ;*

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  3. "A insônia era minha companheira a um bom tempo já." Resumiu minhas noites, mas não tem nenhuma voz, nada consolador.. Só falta de sono e noites mal dormidas.. =/

    Gostei muito do texto! Cheio de detalhes..
    E obrigada pelo comentário no meu *-*

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Silêncio

  Ele corria além do limite de velocidade. O sol brilhava ao fim da estrada e o relógio marcava 14h05min. Em seu emaranhado de pensamen...