tag:blogger.com,1999:blog-5803117924360471072024-03-19T05:16:16.915-03:00The Trick is to Keep BreathingAlessandra B.http://www.blogger.com/profile/07998705009901199993noreply@blogger.comBlogger35125tag:blogger.com,1999:blog-580311792436047107.post-43957831735657361622012-06-25T22:09:00.002-03:002012-06-26T17:19:57.033-03:00Silêncio<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjMI5YtKgsWXXnweZMTiqCgtG0QUFxK5b2XPa7DaDPvuFUoz7dVO7URRZa-eEgOBee8llEBA49kEvg-SVRO7cFn8SR3up__26TZcCOYNdgoEfPj2s-0zbO65X6HcsWAev4ltGVQougx9yO2/s1600/tumblr_m5f734XRjC1rwxwoso1_500_large.png" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjMI5YtKgsWXXnweZMTiqCgtG0QUFxK5b2XPa7DaDPvuFUoz7dVO7URRZa-eEgOBee8llEBA49kEvg-SVRO7cFn8SR3up__26TZcCOYNdgoEfPj2s-0zbO65X6HcsWAev4ltGVQougx9yO2/s320/tumblr_m5f734XRjC1rwxwoso1_500_large.png" width="216" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="background-color: white;"><span style="color: #666666;"> Ele corria além do limite de
velocidade. O sol brilhava ao fim da estrada e o relógio marcava 14h05min. Em
seu emaranhado de pensamentos, não sabia o que acontecia a sua volta. Muito
menos que na próxima curva, um caminhão estaria parado jogado ao chão, que ele
tentaria frear e que seu carro seria lançado num precipício. Que quebraria uma
perna no primeiro impacto, cortaria parte do braço no segundo, e no ultimo o
vidro perfuraria seu coração e ele morreria como um ninguém, esquecido. Viu
outra placa que o mandava reduzir a velocidade, ignorou. Os olhos estavam
marejados. Seu corpo tremia e sua pele era puro gelo. Pensava nela, somente
nela. Em como ela ficava mal humorada quando estava de TPM, nas noites frias em
que ela puxava toda a coberta para si enquanto dormia. De seu vicio em álcool.
Das noites em que a levou pra casa totalmente embriagada. Pensava em todos os
momentos ao lado da mulher que amava. Corria pra não aceitar o fato de que ela,
já não mais existia. A dor em seu peito era insuportável, desejava a morte a
ser condenado a viver sem ela. As lágrimas tomavam seu rosto. Sofia. Era tudo
que ele pensava. Era tudo que ele precisava. Mas ela estava morta e sem ela o
mundo era só um imenso vazio. Ele sabia que se a situação fosse inversa ela não
teria fugido, teria ficado, teria ido ao seu enterro e talvez até seguido em
frente, entrado na faculdade e conhecido algum cara legal. Construído uma
família. Pra ele, estas não eram uma opção, nunca pretendeu entrar em faculdade
ou criar uma família que não fosse com ela. Sofia. Morta. Sem ter se quer
escutado de seus lábios que ele a amava mais que tudo. Que ele sentia sua morte
a todo décimo de segundo. Mais lágrimas, Victor entrou no túnel, o rádio chiava
e seus dedos começavam a formigar, não sabia há quanto tempo estava dirigindo,
mas sabia que devia estar longe o suficiente da imagem de uma Sofia morta.
Imaginou mentalmente que por um instante ela estivesse ali. Tudo ficou em
silêncio, Victor suspirou e disse: “Eu te amo”. Abriu os olhos, o pânico o
tomou, freou o carro. Seu carro foi em direção ao nada. Então ele fechou os
olhos e repetiu. “Sofia, eu te amo.” O relógio marcava 15h32min. Silêncio.</span></span></span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="background-color: white;"><span style="color: #666666;"><br /></span></span></span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="background-color: white;"><span style="color: #666666;">Porque morrer, é quase tão humano quanto amar.</span></span></span></div>
<span style="color: #666666;"><o:p></o:p></span><br />
<div style="text-align: justify;">
</div>
<br />Alessandra B.http://www.blogger.com/profile/07998705009901199993noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-580311792436047107.post-68622309933470641072012-01-30T21:28:00.003-02:002012-01-30T21:38:47.729-02:00Devaneios<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgj-Zh9K5EXCJgPwKWpV8c80a2cC9EOH2Vf8sIhgtFjQiMkI80c-8ln0rGQotu8XvdDEw7GuUfBfs9cFAXcZXaWMR2r9-wQvNiruEAXXVlDytGmFjw9YpM4ihnSrLEt8D4bUaGTwPZ3nZ2D/s1600/tumblr_lxi95mFx6Z1qafc06o1_500.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="212" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgj-Zh9K5EXCJgPwKWpV8c80a2cC9EOH2Vf8sIhgtFjQiMkI80c-8ln0rGQotu8XvdDEw7GuUfBfs9cFAXcZXaWMR2r9-wQvNiruEAXXVlDytGmFjw9YpM4ihnSrLEt8D4bUaGTwPZ3nZ2D/s320/tumblr_lxi95mFx6Z1qafc06o1_500.jpg" width="320" /></a></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Verdana,sans-serif; font-size: small;"> Os ponteiros do relógio marcavam meia noite. Gélida noite de insônia. Em meio ao nada, procurava tudo: explicações ou qualquer razão para acreditar que, porventura, estivesse perdida naquela fumaça onde flutuavam tantas memórias. Ouvia apenas os barulhos de seu próprio silêncio. Tentava sustentar-se sobre pilares que desmoronavam, com toda a esperança, a sinceridade, a ingenuidade e as expectativas; com todas as suas verdades refutadas. Tudo isso pouco a pouco se perdia naquela fumaça; pérfida fumaça que a asfixiava, que a cegava, que se misturava ao sangue pulsando sobre a ferida aberta. O silêncio gritava, o silêncio a ensurdecia. Sabia exatamente onde estava, mas sentia-se perdida. Precisava reencontrar-se. Em qual daqueles amargos devaneios perdera-se a si mesma? Todos os dias procurava por respostas. Talvez as respostas estivessem na brisa, no pôr do sol, nos versos de alguma música, nos livros jogados pela estante ou até no sorvete guardado na geladeira. Essa fora sua maior tolice: não perceber que talvez só precisasse se acalmar e olhar em volta; não perceber que as respostas poderiam estar nos mais ínfimos detalhes, que sua ansiedade por encontrá-las não a deixara enxergar. </span></div>Alessandra B.http://www.blogger.com/profile/07998705009901199993noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-580311792436047107.post-72188010684540437002012-01-24T20:32:00.002-02:002012-01-24T23:17:12.118-02:00Eternizando momentos<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhJL6aNgPhjwJtIM0X3fkbGepwtgzzeStCTSraZ6o2vHNZKh1XKVBgjKfaX8mP8rSyehMn7Fp2u9KwJpHx1507Yxql7NnWYQ5laIDoQde8ihkFKHtB26NXWrHgMUAYE1LFQ6MQQowN4YVxZ/s1600/tumblr_llq16xbK611qduxxao1_500_large.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="216" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhJL6aNgPhjwJtIM0X3fkbGepwtgzzeStCTSraZ6o2vHNZKh1XKVBgjKfaX8mP8rSyehMn7Fp2u9KwJpHx1507Yxql7NnWYQ5laIDoQde8ihkFKHtB26NXWrHgMUAYE1LFQ6MQQowN4YVxZ/s320/tumblr_llq16xbK611qduxxao1_500_large.jpg" width="320" /></a></div><div class="qquote" style="color: #666666; font-family: Verdana,sans-serif; text-align: justify;"><span style="font-size: small;">Uma luz violeta entrava pela janela que estava meio entreaberta e passava pelas cortinas, já amarelas pelo tempo. Os lençóis alaranjados ficavam mais intensos com os pequenos raios do sol. Ele já havia acordado. Rolei pela cama procurando seu corpo em minha cama e não obtive a resposta que esperava. Continuei ali, olhando fixamente o teto branco. Ouvi uns ruídos vindos de algum outro cômodo. Esperava que fosse ele, mas havia também a possibilidade de ser a senhora que cuida da limpeza do apartamento, ou então minha companheira de quarto. Tentei levantar-me lentamente, porém, isso ocorreu da forma mais desastrosa possível. Pensei que fosse cair, e isso teria, de fato, realmente acontecido se seus braços não tivessem chego a tempo para me agarrar. Rindo, me disse: Eu não posso sair um segundo sequer e você parece deixar de estar em segurança. Eu não havia percebido, mas quando me segurou, com apenas uma mão, tinha em outra mão uma bandeja com o nosso café da manhã e com uma florzinha qualquer, aquelas que se pega de jardim do vizinho escondido, já murcha. Dei um sorriso todo bobo e me joguei em seus braços. Depois de um longo abraço, ele sentou ao meu lado e colocou suas mãos sobre as minhas. Sua outra mão se encaixou em meu queixo e com os lábios próximos aos meus, sussurrou: "Bom dia, amorzinho" e deu um breve sorriso. Queria que esse momento durasse para sempre. Como ele consegue me fazer sentir assim? Eu preciso dele, não só agora, nem daqui um mês ou três anos. Eu, nesse instante, tive a certeza que era e seria ele. Eu estava tão distraída pensando em tudo isso que não percebi quando ele preparou uma torrada com manteiga e colocou bruscamente em minha boca, me sujando, propositalmente. Rimos por alguns minutos, enquanto ele colocava a florzinha já em estado de degradação avançada entre meus cabelos e beijava minha testa. Fechei os olhos, pensando que estava sonhando e pedi a Deus que fizesse desse momento a minha realidade.</span></div>Alessandra B.http://www.blogger.com/profile/07998705009901199993noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-580311792436047107.post-45712721084715822722011-07-27T15:59:00.002-03:002011-07-27T16:12:05.060-03:00Embriaguez<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhPtG54W-7MrfY124gYnaxtruMChMoXPGW9CWj95P8uoSbj1Cx5_gxnQhTZ1FjZZw_efMeckPknpjWQ84QTC0Qp1qVjRsgc7aGpE2nVUokZ6zCe8N07lgI5v4KVWVc7O_2qZf3xrHW-Pbyo/s1600/tumblr_lfjrpquep51qdswwoo1_500_large.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="216" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhPtG54W-7MrfY124gYnaxtruMChMoXPGW9CWj95P8uoSbj1Cx5_gxnQhTZ1FjZZw_efMeckPknpjWQ84QTC0Qp1qVjRsgc7aGpE2nVUokZ6zCe8N07lgI5v4KVWVc7O_2qZf3xrHW-Pbyo/s320/tumblr_lfjrpquep51qdswwoo1_500_large.jpg" width="320" /></a></div><br />
<div class="MsoNormal" style="color: #666666; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-size: small;"><span style="font-family: Verdana;"><span style="font-size: x-large;">D</span>epois de uma noite num bar, era hora de voltar para casa. Naquele momento, já havia esquecido de todos os seus problemas. Andava pela rua deserta, escura. Os postes pouco faziam, iluminando pequenos pedaços da calçada logo abaixo deles. A noite fria e solitária lhe fazia companhia, seguindo seus passos vacilantes. No caminho, algumas prostitutas procurando diversão barata e sem compromisso. Estava cansado de caminhar, havia trabalhado muito o dia inteiro e bebido mais do que o normal para uma quarta-feira. Tomou então um beco para cortar caminho. Em pouco tempo já havia sumido no breu misterioso. E aos poucos foi se sentido vigiado, como se as paredes tivesses olhos e os lixeiros tivessem boca. Sussurravam coisas sem nexo, confundindo ainda mais sua mente alcoolizada. Sem perceber, seus passos foram ficando menos firmes. Menores. Era difícil distinguir qualquer coisa naquela escuridão. Procurou uma parede para se apoiar e seguir em frente, mas estas também haviam sumido com a falta de luz. Em pouco tempo fora tomado por uma sensação estranha, um sufoco. Então caiu. </span></span></div><div class="MsoNormal" style="color: #666666; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-size: small;"><span style="font-family: Verdana;">Sabia que estava no chão porque suas mãos apalpavam o mesmo lugar que seus pés pisavam. Não havia dor. Havia medo. Logo ele, acostumado aos caprichos da noite sombria. Começou a sentir a garganta seca, os olhos afogados. Chorou. Houve um barulho. Um estalo. E então, um golpe lhe atingiu as costas. Pensou que não teria mais chance de viver. Não importava o que fosse, ele não tinha mais forças nem coragem de revidar. Alguns segundos se passaram até conseguir retomar sua consciência e, no entanto, viu quase que toda sua vida passar. Não como um filme, mas como um álbum de fotos, daqueles velhos e já sem emoção.</span></span></div><div class="MsoNormal" style="color: #666666; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-size: small;"><span style="font-family: Verdana;">Escuridão. Por mais que ele tentasse abrir os olhos, eles simplesmente não o obedeciam. E então, como que num trailer, viu tudo aquilo que lhe amedrontava. Seus temores e fraquezas, ali expostos e encarando-o. Não sabe ao certo quanto tempo ficou desmaiado, nem o que se passou no mundo naqueles momentos em que esteve distante, mas ainda era noite. Levantou - ainda zonzo, trôpego, desorientado – e seguiu em frente. Ao chegar ao final do beco, percebeu que o sol nascia em alguma direção, deixando o mundo mais claro. Nessa hora, sentiu como se uma parte dele tivesse desprendido do seu corpo enquanto esteve dentro do beco. Sentiu-se leve. Renovado. Decidiu que era hora de mudar de vida. E seguiu na direção oposta a sua casa. Já não era o mesmo para chamar aquilo de lar.</span></span></div>Alessandra B.http://www.blogger.com/profile/07998705009901199993noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-580311792436047107.post-23590915058217183222011-06-23T18:49:00.004-03:002011-06-24T02:40:40.377-03:00Apenas Lembranças<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjR840SBYiNo6hhePcAfboPDBhgoTgDYUxFU_Vwy252B5Gr6hgrn4BYE-hhgmiWIfFlA9aAu4XtEzO694t7bhrRD4dNz5upsEtk_1N2S1XB9zNIEdwesfTyNT8YXNAKdWX9HaFmcXBJAXpP/s1600/tumblr_lft6z9JRYA1qzkds8o1_500_large.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="221" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjR840SBYiNo6hhePcAfboPDBhgoTgDYUxFU_Vwy252B5Gr6hgrn4BYE-hhgmiWIfFlA9aAu4XtEzO694t7bhrRD4dNz5upsEtk_1N2S1XB9zNIEdwesfTyNT8YXNAKdWX9HaFmcXBJAXpP/s320/tumblr_lft6z9JRYA1qzkds8o1_500_large.jpg" width="320" /></a></div><br />
<div style="color: #666666; font-family: Verdana,sans-serif; text-align: justify;"><span style="font-size: small;"><span style="font-size: small;">U</span>m, dois, três goles de Whisky - que você esqueceu de levar quando partiu. Quase três horas da madrugada. Uma lembrança. Lembro-me de você empacotando suas coisas, guardando aquelas suas camisas que antes me serviam de pijama. E junto vão as calças, os casacos, os sapatos. As noites que dormiu comigo. Os dias que amanheceu ao meu lado. Quarto gole. Vejo-o atravessando a porta do quarto com as malas na mão. Vejo-o encarando-me com um olhar vazio, implorando por perdão. Tento, em vão, imaginar quais motivos lhe levaram a me trair tão descaradamente. Sinto vontade de perguntar mil coisas, mas não consigo. Mais um gole. Você se movimenta em direção às escadas. Degrau por degrau. Sem pressa, vai descendo. Sirvo-me mais um copo. Você para ao lado do sofá e olha fixamente para o retrato que está sobre a mesa. Somos nós. Você o vira para baixo, como se quisesse apagar a imagem de sua memória. Ainda estou parada na beira da escada, somente a te observar. Mais alguns goles descem queimando pela minha garganta. Seus dedos tocam a maçaneta. Posso ouvir meu coração gritar. Você não ouve? Ele parece gritar tão alto que imagino que você esteja escutando. Mas nenhuma palavra sai da minha boca. Termino outro copo ao te ver saindo por aquela porta e deixando-a aberta, como se esperasse que eu fosse atrás de você implorando para voltar. Mais um copo. Você para. Dirijo-me até a porta e desvio meu olhar para cima e vejo a chuva vindo ao nosso encontro. Mais alguns goles e noto que a garrafa está quase ao fim. Você olha para trás. Último gole. Meu corpo está frágil, sem força alguma. Minha garganta dói. Dói como o meu coração doeu ao te ver partir... Sem nunca mais voltar.</span></div><div style="color: #666666;"><span style="font-size: 10pt;"> </span></div>Alessandra B.http://www.blogger.com/profile/07998705009901199993noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-580311792436047107.post-52230948170442475642011-05-24T17:12:00.002-03:002011-05-24T19:09:27.804-03:00Almas perdidas<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg2enhA5I1Pqx_phMtb0RAeaC6cvSEz9LAGTsM60m8WRBbbrnYiCA3xL7DXmBkcFBcZEO-dijEkOBrcYkJQBM3zjR49j13x7p4qNC1WJEBCIgrCEJcocmBq2BL4ylMJvhtc9zVGppZF-HWG/s1600/tumblr_le3r1enD141qdcke5o1_500_large.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="209" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg2enhA5I1Pqx_phMtb0RAeaC6cvSEz9LAGTsM60m8WRBbbrnYiCA3xL7DXmBkcFBcZEO-dijEkOBrcYkJQBM3zjR49j13x7p4qNC1WJEBCIgrCEJcocmBq2BL4ylMJvhtc9zVGppZF-HWG/s320/tumblr_le3r1enD141qdcke5o1_500_large.jpg" width="320" /></a></div><div style="color: #666666; font-family: Verdana,sans-serif; text-align: justify;"><span style="font-size: small;">O dia amanheceu com uma névoa calada e falante, como se quisesse urgentemente me dizer algo e ao mesmo tempo, só quisesse meu silêncio. Não precisava ser vidente, nem sábio para saber que seria um dia ruim. Parei de fazer adivinhações que com certeza iriam falhar, e comecei a sentir. Aos poucos, fui percebendo como tudo fica mais bonito e mais sincero quando visto com o coração. Comecei a notar sentimentos verdadeiros perdidos em meio a solidão. Em meio a tantas almas perdidas e desertas.</span></div>Alessandra B.http://www.blogger.com/profile/07998705009901199993noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-580311792436047107.post-74948826898231001212011-05-17T01:39:00.001-03:002011-05-19T00:06:31.256-03:00Indecisão<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh6JXAxEhQoF643ufuiXfi-TJgk_7TQ5bxJq87AM19t5Cxdx8c07uPlaKZgsizOxZj_bBTtuluIeXgH35cNrDEVO6SXtDJbYIzR1d6fxO_SaR9Zc7prYOhYbMCRN97PWP-472AMzApZYajl/s1600/tumblr_l4o6xat9x01qag73jo1_500_large.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="216" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh6JXAxEhQoF643ufuiXfi-TJgk_7TQ5bxJq87AM19t5Cxdx8c07uPlaKZgsizOxZj_bBTtuluIeXgH35cNrDEVO6SXtDJbYIzR1d6fxO_SaR9Zc7prYOhYbMCRN97PWP-472AMzApZYajl/s320/tumblr_l4o6xat9x01qag73jo1_500_large.png" width="320" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div style="color: #999999; font-family: Verdana,sans-serif; text-align: justify;"><span style="font-size: small;">Ela estava na janela. As pernas nuas e finas com cicatrizes no topo, balançando incessavelmente enquanto o vento frio esfaqueava seu rosto e jogava seus cabelos no rosto. Profunda respiração.<br />
Naquele momento de indecisão se deveria ou não por fim em seus sofrimentos, lembrou-se novamente de sua rápida ligação para os pais, antes daquilo. Os pais com quem ela não falava há mais de três anos, devido a rejeição deles. Ser a única filha não fez com que ela fosse amada. Os pais não a entendiam e ela também não buscava entendê-los. Eles não a reconheciam. Aliás, nem mesmo ela se reconhecia.<br />
Inclinou-se contra a mesa, buscando o maço de cigarro. Um centelha de sentimento, raiva, escorreu quando percebeu que o último tinha se esvaido não muito tempo atrás. Talvez tivesse algo na geladeira, mas ela não queria se dar o trabalho de descer dali. Qualquer esforço não valia a pena.<br />
Olhou pra baixo, respirou fundo. Os carros passavam com músicas altas, músicas que ela não gostava, enquanto o vento jogava novamente seu cabelo em seu rosto. Outro suspiro.<br />
Naquele momento ela se via arrependida de ser quem era. Quem mandou ser intensa, complicada, extremista demais? O que não a agradava, azia-a querer morrer. Morrer. Ela não queria morrer, mas também não queria continuar vivendo aquela vida monótona. Pensou em pessoas que talvez sentissem a falta dela, caso ela pulasse dali. Não conseguiu pensar em ninguém. Suspiro. Entorpecida, horas ali, até que o sol começou a brotar com suas luzes laranjas no céu e ela ainda não havia se decidido. "Solte de uma vez", dizia sua mente. </span></div>Alessandra B.http://www.blogger.com/profile/07998705009901199993noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-580311792436047107.post-33386892508217578742011-04-09T01:59:00.010-03:002011-04-09T11:03:54.922-03:00Vazio constante<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgUQLFh0BDd3DrP5d7ONP6SP72E-G1jwPzGO1oWfIApYlITqxwugxF2ab45T0DyqQQatsCeSVyr0rxg2dLTwOi2Tway3PIPZoXyasz1JnU1vv6mjOoDo0J7dMzE24omezfNDl5bsQjCoKcY/s1600/tumblr_lbksussCMM1qbbkbgo1_500_large.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="132" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgUQLFh0BDd3DrP5d7ONP6SP72E-G1jwPzGO1oWfIApYlITqxwugxF2ab45T0DyqQQatsCeSVyr0rxg2dLTwOi2Tway3PIPZoXyasz1JnU1vv6mjOoDo0J7dMzE24omezfNDl5bsQjCoKcY/s200/tumblr_lbksussCMM1qbbkbgo1_500_large.jpg" style="background-color: #f3f3f3;" width="200" /></a></div><div style="color: #666666; font-family: Verdana,sans-serif; text-align: justify;"></div><div style="color: #666666; font-family: Verdana,sans-serif; text-align: justify;"><span style="font-size: small;"> Os dias passam devagar, às vezes mais devagar do que deveriam. Sinto-me perdida nesse emaranhado de lençóis, sem nada além desta tela para me aproximar do mundo. Sinto falta de toda aquela agitação de antes, dos risos histéricos sem nenhum motivo aparente, dos olhares que conversavam, das vozes alegres que preenchiam meus dias e me tornavam menos cega à felicidade. Essa solidão me sufoca e me prende, cada vez com mais força, à essa cama, da qual me levanto muito raramente, apenas para não morrer de fome. Não há graça nem na mais alegre canção se não há felicidade dentro de mim.<br />
Não vejo mais. Apenas enxergo. Não escuto mais. Apenas ouço ruídos, do que quer que seja. Não sinto mais sabores, não vejo mais as cores, o amor em mim se fechou. Na verdade ainda o tenho, mas ele está cansado desses dias monótonos, sem respirar, apenas olhando sem expressão para essa tela que nada mais significa, além de uma grande lacuna em meu coração.<br />
Preciso de uma mão estendida para me puxar deste poço, preciso de algum motivo novo para sorrir, preciso de uma nova esperança de vida e felicidade. Preciso de alguém em quem pensar pela manhã, alguém sobre quem falar à tarde, alguém para conversar durante a noite. Alguém cujo sorriso seja capaz de iluminar meu dia, alguém que saiba dizer as palavras certas nos momentos certos, alguém para me aquecer quando eu sentir frio, alguém para me abraçar quando me sentir desamparada, alguém que faça meu coração acelerar cada vez que o veja, sem nem ao menos saber disso. Alguém.</span></div>Alessandra B.http://www.blogger.com/profile/07998705009901199993noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-580311792436047107.post-24329860299868503452011-02-24T15:26:00.002-03:002011-02-25T00:11:11.328-03:00Sentimentos Inertes<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEid3HsIcAP8RLk_fXHRM6qppttnnULJsQVR_HLHqbJsRzM7Dnbu0dcD2nPAy3ib514mGFu5U5c6heiFIiFKssIbgPX5ztqP_9GsPctlsT0hwBitsgIT-2X3bwXPj5pNSM3xAf2GTgGPKeQG/s1600/tumblr_lgn4zx6UWC1qa6hruo1_500_large.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="130" l6="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEid3HsIcAP8RLk_fXHRM6qppttnnULJsQVR_HLHqbJsRzM7Dnbu0dcD2nPAy3ib514mGFu5U5c6heiFIiFKssIbgPX5ztqP_9GsPctlsT0hwBitsgIT-2X3bwXPj5pNSM3xAf2GTgGPKeQG/s200/tumblr_lgn4zx6UWC1qa6hruo1_500_large.jpg" width="200" /></a></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #666666; font-family: Verdana,sans-serif;"><span style="font-size: x-large;">J</span>á se encontrava totalmente inebriado pela nostálgica sensação que aquela festa não sairia de sua memória tão facilmente. Naquele momento, apesar de entorpecido por algumas doses de Whisky, tinha certeza que aquela mulher era de alguma forma diferente. Sua face, embora escondida atrás de uma máscara era deliberadamente encantadora. Um corpo lindo, com suas formas desenhadas pelo maravilhoso vestido bege que vestia. O que faria sozinha uma mulher tão atraente? Pensara. No mesmo instante, uma música calma começou a tocar. Levantou-se, cruzou o salão de festas e pediu se ela lhe concederia a honra daquela música. O que ele não sabia era que eles já se conheciam há muito tempo. Ao fim da música, ambos caminharam até a porta de saída dos fundos, que dava lugar a um maravilhoso parque, cheio de chafarizes e árvores. Um momento de silêncio, ambos ficaram ouvindo o som da festa que soava abafado. A distância entre os dois foi ficando menor, entreolharam-se. Aquela mulher não lhe era estranha, porém apenas poderia ter certeza disso se tirasse a máscara que lhe escondia o rosto. Sua mão suavemente tocou-lhe a face. Estavam tão próximos que ele pôde sentir o coração dela acelerando aos poucos. Levantou a máscara, mas preferiu não olhá-la diretamente nos olhos, apenas após tocar seus lábios. Beijaram-se. Sentiu seu próprio coração acelerar e deu-se conta de que estava perdidamente apaixonado por aquela (até então) estranha. Olhou-a e então, perplexo, deu-se conta de onde a conhecia. E muito bem. Tratava-se de sua melhor amiga. Aquela que sempre foi completamente apaixonada por ele, mas nunca teve coragem de lhe dizer. </span></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #666666; font-family: Verdana,sans-serif;">Acordou, só, em seu apartamento. Pensando em sua melhor amiga, pensando em como nunca a tinha visto com outros olhos antes daquela festa. Não lembrava mais o que acontecera após aquele momento. Estava desnorteado, inquieto, e, sobretudo, apaixonado. Tentou reorganizar suas emoções, em vão. A chuva caia incessantemente lá fora. Queria ligar para ela, mas... O que falaria? Enquanto tomava uma decisão, acendeu vários cigarros. Alguns por pura teimosia, outros por complexo de dedos vazios.</span></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #666666; font-family: Verdana,sans-serif;">Enquanto isso, há algumas quadras dali, ela não conseguia pegar no sono. Ainda pensando na noite anterior, nos momentos maravilhosos que havia passado ao lado do seu primeiro e único amor. O telefone tocou... Era ele.</span></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div>Alessandra B.http://www.blogger.com/profile/07998705009901199993noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-580311792436047107.post-48714837345011799322011-01-20T11:46:00.007-02:002011-01-20T13:59:50.446-02:00Suicídio<div align="justify"><img style="MARGIN: 0px 0px 10px 10px; WIDTH: 200px; FLOAT: right; HEIGHT: 132px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5564295658917790370" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgmROomvbKF2h1mIru-cMV8EAqILuUWepQyPZkn3nUuhmwGXqELZXdFLsWr9W5cZBQxdncd_ixCuRjllZ4Txb43adAWrMRHcWWsNaugk0UZ2yoKiG56VGbLercchugITVA22GS86207EwNv/s200/5266617433_9be4201409_b_large.jpg" /><span style="font-family:verdana;color:#666666;"><span style="font-size:180%;">A</span>cordou mais cedo, naquela específica manhã de inverno. Não sabia bem por que escolhera aquele dia, mas era preciso, pensava. Vestiu-se com a mesma calma de costume, não tinha pressa. Escolheu um chapéu ao acaso e saiu sem fechar a porta. O dia <span class="blsp-spelling-corrected">estava</span> fresco, os raios de sol despertavam um pequeno confronto com aquela manhã de inverno. Caminhou sem prestar especial atenção aos buracos acidentais da calçada, sem ver as velhinhas que alimentam os pombos das redondezas com deliciosas migalhas de pães. Subiu a rua sem nunca abrandar o passo. Olhou o relógio. Estava quase na hora, receava que não chegasse a tempo. Já conseguia ver a estação. Ainda tinha cinco minutos para descansar daquela euforia matinal quando chegou. Olhou à volta. Sim, era um bom dia aquele. Por cima dos edifícios pôde ainda admirar o mar e alguns navios perdidos. O apito do trem não tardou, o qual dava para ouvir ao longe. Estava na hora, e se as suas pernas não lhe falhassem, como já havia acontecido noutras vezes, iria conseguir. Naquele segundo, aquele que nunca ninguém conseguiu explicar bem, lentamente, aquela mulher, jovem e linda, atirou-se sorridente sob a linha do trem que fazia a ligação entre duas insignificantes cidades vizinhas. Naquele momento, ela havia realizado um sonho antigo... Há quem diga que era louca.</span></div>Alessandra B.http://www.blogger.com/profile/07998705009901199993noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-580311792436047107.post-58552341914711534392010-12-23T16:31:00.006-02:002010-12-23T17:15:06.607-02:00Cicatrizes do Passado<div align="justify"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiMC2sOzXvB3Qzxjnfth2VCcg49EB9vKD2T48k1fzVe0wT1WnMFhYFZcRECFTP5redIGtb46_kDIhdgnfTEwgdjCsmTXlsp8pQQgGQAhjEj9EZwOen73WuiCbgzDhe6weFY0ZkWJmL8UuVd/s1600/tumblr_ld4ut8Hcym1qct6zzo1_500_large2.jpg"><img style="MARGIN: 0px 0px 10px 10px; WIDTH: 200px; FLOAT: right; HEIGHT: 134px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5553954005056527186" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiMC2sOzXvB3Qzxjnfth2VCcg49EB9vKD2T48k1fzVe0wT1WnMFhYFZcRECFTP5redIGtb46_kDIhdgnfTEwgdjCsmTXlsp8pQQgGQAhjEj9EZwOen73WuiCbgzDhe6weFY0ZkWJmL8UuVd/s200/tumblr_ld4ut8Hcym1qct6zzo1_500_large2.jpg" /></a><span style="font-family:verdana;"><span style="color:#666666;"><span style="font-size:180%;">E</span>ra uma tarde normal da semana. Os dois estavam em um parque distante das outras pessoas. Sorriam, conversavam entre si, caminhavam sem rumo de mãos dadas. Não se tinha certeza sobre o que falavam, mas quem olhava tinha certeza que os dois eram felizes. Aparentemente, eram aquelas duas pessoas que quando juntas eram incapazes de sentir o resto do mundo, incapazes de notar se estava frio ou calor. Beijavam-se. O momento idealizado desenhava o pôr-do-sol da tarde curta, na qual o tempo era inimigo do prazer. Os rostos estavam muito próximos. Trocavam olhares silenciosos, detalhistas. A intimidade já era muito maior. Toda demora acabava sendo compensada por esses momentos. Ela adorava contornar com os dedos a pequena cicatriz que ele tinha no pescoço. Apesar de adorar, nunca havia feito sequer uma pergunta sobre ela. A graça era a forma engraçada que tinha e, de fato, conhecendo o dono da mesma, deveria ter uma história no mínimo interessante sobre ela. Mas preferia não saber. Queria manter o mistério em torno do seu pequeno deleite adicional, afinal, falar sobre tudo poderia fazer os momentos perderem a graça. O medo que tinha era que não tivesse mais primeiras vezes para compartilhar. </span></span></div><div align="justify"></div><div align="justify"><span style="font-family:verdana;color:#666666;"></span></div><div align="justify"><span style="font-family:verdana;color:#666666;">Ela abriu novamente os olhos, com um suave sorriso no rosto, os olhos brilhantes, lembrando daquele dia. Tantas lembranças. Tantas. Começou a pensar no que aconteceu na semana seguinte àquele dia e sua expressão mudou completamente, no lugar daquele sorriso agora se encontrava um lábio apreensivo, trêmulo. E no lugar daquele brilho nos olhos, era possível ver uma lágrima escorrendo pelo seu rosto.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:Verdana;color:#666666;"></span></div><div align="justify"><span style="font-family:verdana;color:#666666;"></span></div><div align="justify"><span style="font-family:verdana;"><span style="color:#666666;">Caminhavam rápido. A proximidade já vinha trazendo problemas para os dois lados. As feições já não eram tão nítidas. Discutiam. Perguntas impossíveis, respostas evitadas. Caminhos tendendo ao desencontro. Aos poucos vem à tona as verdades escondidas na idealização <?xml:namespace prefix = st1 ns = "urn:schemas-microsoft-com:office:smarttags" /><st1:personname st="on" productid="em tr¬nsito. Aos">em trânsito. Aos</st1:personname> poucos notaram que era tudo mero fruto da novidade, da descoberta. E de repente estavam como motorista e carona, em alta velocidade. A lágrima caía ao mesmo passo que os pingos da chuva das horas anteriores escorriam pelo vidro semi-aberto. O carro sutilmente diminuía seu ritmo e o ponteiro de gasolina tendia ao zero - ali era inevitavelmente a parada final. Ele tocou sua mão, deu um longo beijo em seu rosto e sussurrou em seu ouvido: "Foi eterno enquanto durou...", pegou seu casaco que estava no banco traseiro e continuou seu caminho a pé. Por alguns minutos, talvez horas, ela ficou ali parada, com a mão recém-tocada fechada <st1:personname st="on" productid="em punho. Vazia.">em punho. Vazia.</st1:personname></span></span></div><div align="justify"><span style="font-family:verdana;"><span style="color:#666666;"><st1:personname st="on" productid="em punho. Vazia."></st1:personname></span></span></div><div align="justify"><st1:personname st="on" productid="em punho. Vazia."><span style="font-family:verdana;color:#666666;"></span></st1:personname></div><p style="TEXT-ALIGN: justify; MARGIN: 0cm 0cm 0pt" class="MsoNormal" align="justify"><span style="font-family:verdana;color:#666666;">Naquele momento as lágrimas escorriam sem cessar pelo seu rosto. Já não tinha mais controle sob seus pensamentos. A noite seria longa. Deitou-se novamente, sem saber o que estaria por vir.</span></p>Alessandra B.http://www.blogger.com/profile/07998705009901199993noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-580311792436047107.post-85920321778626387842010-12-04T14:50:00.008-02:002010-12-05T03:34:17.041-02:00Recordações<div align="justify"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEipD8GPOT9DId4WpI3TzdKOhxuP8rUdfMOWRAM1dMwm8xqtc8jMn1zFXEzcowMt_AFCuN1-dofJbVwPLd6NvrxWPQ8QpB_rXKBXwMMQ2la1ZgzXhdYlr4XR19MKz0ueElMjGsJUndMC2M5U/s1600/tumblr_l526jx9oQ41qc7fkso1_500_large.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5547067079922003266" style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; WIDTH: 200px; CURSOR: hand; HEIGHT: 133px" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEipD8GPOT9DId4WpI3TzdKOhxuP8rUdfMOWRAM1dMwm8xqtc8jMn1zFXEzcowMt_AFCuN1-dofJbVwPLd6NvrxWPQ8QpB_rXKBXwMMQ2la1ZgzXhdYlr4XR19MKz0ueElMjGsJUndMC2M5U/s200/tumblr_l526jx9oQ41qc7fkso1_500_large.jpg" border="0" /></a><span style="font-family:verdana;color:#666666;"><span style="font-size:180%;">F</span>azia frio lá fora, o barulho da chuva caindo no telhado era cada vez mais estrondante. Ela foi até a janela, abriu a cortina e observou por uma pequena fresta, a água escorrendo pelo vidro, durante alguns segundos. Seus olhos estavam fixos na janela até o momento em que se deu por si, chacoalhou-se e voltou à realidade. Já estava descendo as escadas em direção à cozinha para tomar um copo de água quando notou seus lábios tremendo, subiu novamente até o quarto e se agasalhou com seu velho casaco de lã vermelho que tanto gostava. Era o casaco que ele lhe dera de aniversário há dois anos atrás, pouco antes de abandoná-la. Ela sempre o usava quando saíam juntos, querendo mostrar o quanto havia gostado do presente. Na esperança de encontrar algum vestígio dele, aproximou o rosto do casaco, lentamente, mas nada encontrou que pudesse lhe trazer vivas recordações... Seu perfume, antes completamente impregnado a ele, havia se dissipado completamente. Seus olhos encheram-se de lágrimas, encostou-se na parede e ficou ali, imóvel, com o mão sobre seu peito, apertando o casaco entre seus dedos com todas as forças que lhe restavam. Suas roupas começaram a deslizar contra a parede e ela foi escorregando, aos poucos, até chegar ao chão... Sentou-se e ali ficou, olhando fixamente para a última foto que haviam tirado juntos, ela sorria e ele a envolvia em um abraço. Uma primeira lágrima caiu quando lembrou-se de como seus abraços eram reconfortantes e infinitas outras vieram a seguir quando se deu conta de que nunca mais poderia ter essa mesma sensação de proteção novamente, não do jeito que era com ele, com o abraço dele, com o toque dele. Levantou-se sentindo certa dificuldade para se equilibrar e deslocou-se até a estante aonde guardava suas cartas, abriu a primeira gaveta e pegou a última carta que ele lhe havia escrito, abriu com máximo de cuidado para não correr o risco de rasgar aquela última recordação em forma de papel e começou a reler aquelas palavras que há dois anos não lhe saíam da cabeça. Ao fim da carta, ele despedia-se dizendo: "Então saiba que o brilho do seu olhar foi o que me manteve aquecido durante todo esse tempo, se não fosse por isso, há muito tempo meu coração já teria deixado de bater... Se eu consegui prolongar meu tempo de vida tanto quanto foi feito, agradeço a você, e agradeço infinitas vezes mais por ter compartilhado cada segundo de seu tempo comigo. Só eu sei o quanto eu te amei." Quando terminou de ler, olhou uma outra vez pela janela e em meio a todas aquelas nuvens no céu, uma estrela ainda brilhava, brilhava viva, brilhava forte.</span></div>Alessandra B.http://www.blogger.com/profile/07998705009901199993noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-580311792436047107.post-54948889124970087342010-10-07T11:12:00.006-03:002010-10-07T13:06:23.951-03:00Lágrimas Indolores<div style="text-align: justify;"><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj8dy4y2VMY9Ol4bOHh3BcB0_WtOiltaUx8BYkutmfKX45VU396ByRtavVHjyF9LFXm3F_17qXsuBMze5hBN8edC3zRj0NhCVc8Y3ZZNKsB3mQwU70n0yi0S3WmjR02lDmjK1eEdJAZwXsb/s1600/20081026133633.jpg"><img style="float: right; margin: 0pt 0pt 10px 10px; cursor: pointer; width: 200px; height: 150px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj8dy4y2VMY9Ol4bOHh3BcB0_WtOiltaUx8BYkutmfKX45VU396ByRtavVHjyF9LFXm3F_17qXsuBMze5hBN8edC3zRj0NhCVc8Y3ZZNKsB3mQwU70n0yi0S3WmjR02lDmjK1eEdJAZwXsb/s200/20081026133633.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5525308363088717746" border="0" /></a><!--[if gte mso 9]><xml> <w:worddocument> <w:view>Normal</w:View> <w:zoom>0</w:Zoom> <w:hyphenationzone>21</w:HyphenationZone> <w:punctuationkerning/> <w:validateagainstschemas/> <w:saveifxmlinvalid>false</w:SaveIfXMLInvalid> <w:ignoremixedcontent>false</w:IgnoreMixedContent> <w:alwaysshowplaceholdertext>false</w:AlwaysShowPlaceholderText> <w:compatibility> <w:breakwrappedtables/> <w:snaptogridincell/> <w:wraptextwithpunct/> <w:useasianbreakrules/> <w:dontgrowautofit/> </w:Compatibility> <w:browserlevel>MicrosoftInternetExplorer4</w:BrowserLevel> </w:WordDocument> </xml><![endif]--><!--[if gte mso 9]><xml> <w:latentstyles deflockedstate="false" latentstylecount="156"> </w:LatentStyles> </xml><![endif]--><!--[if gte mso 10]> <style> /* Style Definitions */ table.MsoNormalTable {mso-style-name:"Tabela normal"; mso-tstyle-rowband-size:0; mso-tstyle-colband-size:0; mso-style-noshow:yes; mso-style-parent:""; mso-padding-alt:0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; mso-para-margin:0cm; mso-para-margin-bottom:.0001pt; mso-pagination:widow-orphan; font-size:10.0pt; font-family:"Times New Roman"; mso-ansi-language:#0400; mso-fareast-language:#0400; mso-bidi-language:#0400;} </style> <![endif]--><span style="color: rgb(102, 102, 102);font-family:verdana;font-size:100%;" class="apple-style-span" ><span style="color: rgb(86, 86, 86);"> <span style="color: rgb(102, 102, 102);"><span style="font-size:180%;">A</span>ntes de dormir, muito mais cedo do que agora durmo, pensarei nele, enquanto mexo em meus cabelos brancos. Estarei com o celular na cabeceira da cama, cheia de livros velhos e empoeirados, esperando uma mensagem ou uma ligação. Sentada na cama, estarei escrevendo um e-mail de bom dia para o único homem que amei em toda a minha vida. Imaginarei seu sorriso - o mesmo que conheci um dia - ao ler na manhã seguinte minhas singelas palavras. Continuaremos trocando juras de amor? Continuaremos culpando a vida e o destino pelos nossos desencontros? Talvez nunca seja a hora certa para nós dois. Em uma outra vida, talvez. E então, não faremos mais planos absurdamente perfeitos, pois não teremos força nem tempo suficientes para concretizá-los. Mas mesmo assim, eu serei feliz por saber que ele ainda existe - meio torto, meio perdido, meio triste e meio só - em alguma parte do mundo. E existirão muitas manhãs, muitos invernos e muitas sextas-feiras em que me lembrarei dele. E eu continuarei a acreditar nas tantas palavras que me foram ditas nos fins de tardes que passamos juntos, vendo o sol se pôr. Amar aquele homem foi o sentimento mais verdadeiro e efusivo que experimentei. E em meus últimos dias, segurarei com minhas mãos brancas e enrugadas a folha de papel com o e-mail mais importante que ele me escreveu. Que eu lia cinco, dez, vinte vezes ao dia para ter forças, quando a minha vida estava em ruínas. Suas palavras salvaram a minha vida. Ele salvou a minha vida. E ao lembrar de tudo o que aconteceu, meus olhos derramarão lágrimas indolores. De uma saudade curada pela falta de remédio e de um amor conformadamente eternizado no invisível do universo. Mas em alguma manhã, ele não mais encontrará meu e-mail de bom dia. Ou eu não receberei a resposta do último que enviei. Então, de nossa história de amor, restará apenas o livro que ele me pediu tanto para escrever. E que eu levei quase uma vida inteira para compor, com medo de chegar às suas últimas páginas.</span></span></span></div>Alessandra B.http://www.blogger.com/profile/07998705009901199993noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-580311792436047107.post-55383137298402351302010-09-02T11:15:00.005-03:002010-09-02T11:39:31.650-03:00Um alguém<div style="text-align: justify;"><span style="font-size:85%;"><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiDkWG3lFXH2wXQsQOkOr2x2NaN7m1kUIeDsiXaq-hAm7_A1w0XKriMDm03B77cK_keJ5bfJKcUVNVSnjejXw4m46aMuFbTqgxqwHqj9vw30wdUO2hCg5CiGttYYOaB8Jwv62ScxRo139ws/s1600/tumblr_kvlzqreEj31qa3r4jo1_500_large.jpg"><img style="float: right; margin: 0pt 0pt 10px 10px; cursor: pointer; width: 200px; height: 133px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiDkWG3lFXH2wXQsQOkOr2x2NaN7m1kUIeDsiXaq-hAm7_A1w0XKriMDm03B77cK_keJ5bfJKcUVNVSnjejXw4m46aMuFbTqgxqwHqj9vw30wdUO2hCg5CiGttYYOaB8Jwv62ScxRo139ws/s200/tumblr_kvlzqreEj31qa3r4jo1_500_large.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5512323012870046994" border="0" /></a></span><span style="color: rgb(153, 153, 153);font-family:verdana;font-size:180%;" class="apple-style-span" ><span style="color: rgb(51, 51, 51);">E</span></span><span style="color: rgb(153, 153, 153);font-family:verdana;font-size:100%;" class="apple-style-span" ><span style="color: rgb(51, 51, 51);">u não quero só mais um rostinho bonito para mim. Eu não quero só mais um para no final me magoar. Eu não quero qualquer um.</span></span><span style="color: rgb(153, 153, 153);font-family:verdana;font-size:100%;" class="apple-converted-space" ><span style="color: rgb(51, 51, 51);"> </span></span><span style="color: rgb(153, 153, 153);font-family:verdana;font-size:100%;" class="apple-style-span" ><span style="color: rgb(51, 51, 51);">Eu quero alguém que se importe realmente comigo. Alguém que me faça sorrir, independente da situação, do lugar, do momento. Alguém que me faça feliz, que quando eu o olhe, eu tenha a sensação de borboletas inquietas em meu estômago. E quando ele me abrace, quero ter a sensação de que o mundo gira em torno de nós dois, apenas nós. Não quero que essa pessoa venha de um conto de fadas, não quero uma pessoa perfeita, pelo contrário. Quero ter briguinhas bobas, mas que logo se resolva com um belo beijo e um abraço bem apertado. Alguém que me deixe envergonhada no momento que me elogiar, que me conforte nas tardes frias e chuvosas assistindo um belo filme romântico e comendo guloseimas. Nos momentos de loucuras, quero alguém que entenda esse meu estado de humor e saiba falar as palavras certas, ou se não souber, que se afaste subitamente. Nos momentos bobos, quero alguém que também entre na brincadeira, que sorria comigo e se transforme em uma verdadeira criança. Alguém com seus defeitos, que eu enxergue e mesmo assim o ame do jeito que é. Quero que seja alguém com quem futuramente eu possa lembrar de tudo vivido, todos os sorrisos, brincadeiras, todas as briguinhas, todos os abraços apertados e dos momentos de medo. Quero alguém que possa me abraçar e dizer que está tudo bem, quando eu me sentir desamparada. Alguém que eu possa confiar e que eu possa chamar de meu amor. Beleza interior é muito mais importante do que a beleza exterior. E conteúdo é algo realmente fascinante. Talvez seja pedir demais... Ou não. </span></span></div>Alessandra B.http://www.blogger.com/profile/07998705009901199993noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-580311792436047107.post-82486903391335509012010-07-30T15:59:00.007-03:002010-07-30T16:49:01.373-03:00Solidão Restrita<div style="text-align: justify;"><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjT2ZjVB5gu7azz4GXT8lRyKblM83HWTiRHcprvMZC-VtZ3Ss0N7Em1K0lyrEcb4QIndBxw3qGKfQma8RAAeyKcFBnumeXxfsuHa61Qp_v3ZDykfd4XprGDWVqYZEbAhTBEqMLkN71RKiBk/s1600/tirelef.jpg"><img style="float: right; margin: 0pt 0pt 10px 10px; cursor: pointer; width: 200px; height: 135px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjT2ZjVB5gu7azz4GXT8lRyKblM83HWTiRHcprvMZC-VtZ3Ss0N7Em1K0lyrEcb4QIndBxw3qGKfQma8RAAeyKcFBnumeXxfsuHa61Qp_v3ZDykfd4XprGDWVqYZEbAhTBEqMLkN71RKiBk/s200/tirelef.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5499778611996214018" border="0" /></a><span style="color: rgb(102, 102, 102);font-family:Verdana;font-size:100%;" ><span style="font-family:verdana;"> <span style="font-size:180%;">P</span>o</span></span><span style="color: rgb(102, 102, 102);font-family:verdana;font-size:100%;" >ss</span><span style="color: rgb(102, 102, 102);font-family:Verdana;font-size:100%;" >uía longos cabelos morenos poucamente ondulados, olhos castanhos esverdeados e uma pele clara perfeita.<span style=""> </span>Nunca teve muitos amigos, gostava de ficar só. Seus gostos eram diferentes da maioria dos adolescentes da sua idade. Não gostava de ir a festas ou baladas, preferia ficar em casa. </span><span style="color: rgb(102, 102, 102);font-family:Verdana;font-size:100%;" >Ninguém entendia o que passava na cabeça daquela jovem, mas certamente ela gostava muito daquela pacata cidadezinha. Pelo fato de ser um município pequeno, todos os habitantes se conheciam. Muitos costumavam julgar a forma como ela se vestia, mas provavelmente ela era uma das únicas pessoas dali que se sentia bem com as roupas que usava.<br /> Sempre foi bastante tímida, não gostava de falar muito. Entretanto, seu vocabulário era brilhante e sabia expressar-se maravilhosamente bem, usando palavras extraordinárias, provavelmente frutos dos tantos livros que costumava ler. Sua inteligência e beleza eram invejáveis.</span><span style="color: rgb(102, 102, 102);font-family:verdana;font-size:100%;" ><br /></span><span style="color: rgb(102, 102, 102);font-family:Verdana;font-size:100%;" > Sentada no mesmo lugar de sempre ficava olhando para a rua, calada, tomando seu café e vendo o tempo passar. Era todo dia assim, a mesma rotina. A dona daquele Coffee Shop já estava acostumada em vê-la todo dia ali, sentada sempre no mesmo sofá no canto da Cafeteria, de costas para a parede, olhando a cidade lá fora.</span><span style="font-family:Verdana;"><span style="color: rgb(102, 102, 102);font-family:verdana;font-size:100%;" > Tirava um livro de sua bolsa e colocava-se a lê-lo, sempre utilizando seus fones de ouvido. E quando via que o céu começava a escurecer e as primeiras estrelas começavam a surgir, delicadamente guardava seu livro na bolsa, retirava a carteira, ia até o caixa pagar sua conta a retirava-se com seus passos cautelosos. </span><span style=""> </span></span></div>Alessandra B.http://www.blogger.com/profile/07998705009901199993noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-580311792436047107.post-483082285801778052010-07-15T14:22:00.006-03:002010-07-15T15:27:32.116-03:00Ironias do Destino<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiyZusGXFZmM6sy0lI5hPfG6zhItDphwhOv9nYF3DjeqYyBcqvaXqMmH7yjflCZGVUM0cRP8wfAHJR4ptV6dWRzsMFDCzy5bOEU21tUeQ7As5PXUEd3nmmi0vL_FxX9z1t8aG3plzLcNS6i/s1600/tumblr_l4woywVoio1qbe58wo1_500_large.jpg"><img style="float:right; margin:0 0 10px 10px;cursor:pointer; cursor:hand;width: 200px; height: 151px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiyZusGXFZmM6sy0lI5hPfG6zhItDphwhOv9nYF3DjeqYyBcqvaXqMmH7yjflCZGVUM0cRP8wfAHJR4ptV6dWRzsMFDCzy5bOEU21tUeQ7As5PXUEd3nmmi0vL_FxX9z1t8aG3plzLcNS6i/s200/tumblr_l4woywVoio1qbe58wo1_500_large.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5494198901036719378" /></a><p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:16.5pt"><span class="apple-style-span"><span class="Apple-style-span" style="font-size:small;"><span class="Apple-style-span" style="color:#666666;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:verdana;"><span class="Apple-style-span" style="font-size:x-large;"><span class="Apple-style-span" style="font-size:x-large;"><span class="Apple-tab-span" style="white-space:pre"> </span><span class="Apple-style-span" style="font-size: x-large;">E</span></span></span><span class="Apple-style-span" style="font-size: small;">la estava cansada daquela mesma rotina de sempre, pegou uma mochila colocou algumas roupas dentro, carregou consigo seu violão e saiu deixando apenas um bilhete pregado na geladeira. Partiu sem rumo, em busca da liberdade que ela só conhecia nos livros. Era fim de junho, a chuva caía e estava frio, muito frio. </span></span></span></span></span><span class="Apple-style-span" style="color:#666666;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: small;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:verdana;">Apenas uns goles de Vodka mantinham-na aquecida naquele momento. A chuva escorria pelo seu rosto e cabelo, andava sem saber para onde ia, somente pelo prazer das gotas escorrendo sobre ela. No meio da bagunça de sua própria cabeça ela trombou com alguém. Ele era alto, olhos verdes, cabelos escuros e tinha os naipes do baralho tatuados em seu braço esquerdo. Ela ainda meio perdida em si mesma, o beijou. Ele olhava incrédulo para aquela criatura molhada e desconhecida que acabara de dar-lhe o melhor beijo que já havia recebido. Sentaram-se em um banco, ele a observava tentando entender o que tinha se passado nos últimos minutos. Sentou ao lado dela, ela sequer o olhou, continuou com a cabeça entre as mãos que estavam apoiadas ao joelho. Passaram horas e os dois sentados ali, sem dizer uma palavra sequer. Cansado do silêncio ele colocou entre as suas mãos o rosto dela, e a olhou bem fundo nos olhos, agora ela parecia ter acordado do sonho em que estava perdida, ela o olhava assustada e foi a vez dele a beijar. Eles se olharam mais uma vez, e então começaram a conversar e conhecer melhor um ao outro. Embora eles parecessem se conhecer a anos. </span></span></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:16.5pt"><span class="Apple-style-span" style="color:#666666;"><span class="Apple-tab-span" style="white-space:pre"><span class="Apple-style-span" style="font-size: small;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:verdana;"> </span></span></span><span class="Apple-style-span" style="font-size: small;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:verdana;">Ele a levou para o seu apartamento, sentaram no sofá e ele trouxe uma dose de Whisky. As horas foram passando e eles iam se conhecendo cada vez mais.</span></span><span class="Apple-style-span" style="white-space: pre;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: small;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:verdana;"> </span></span></span></span><span class="Apple-style-span" style="color:#666666;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: small;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:verdana;">Na manhã seguinte ela parecia ainda não entender o que estava acontecendo, olhou ao seu redor, viu ele ainda dormindo, e as roupas jogadas ao pé da cama. </span></span></span><span class="apple-style-span"><span class="Apple-style-span" style="color:#666666;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: small;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:verdana;">Um disco dos Beatles a tocar e ela percebera que naquela noite havia conhecido o amor da sua vida, da forma mais inusitada possível.</span></span></span></span></p>Alessandra B.http://www.blogger.com/profile/07998705009901199993noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-580311792436047107.post-54988977904883778652010-06-10T11:18:00.007-03:002010-06-10T14:56:01.689-03:00Solidão<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhhuQFZhY2X8PATZusI-Mxthtbdtf-ix7e6U7aFPoOYZotB-ddj5R0Tdy7bilqM-ZtS5iUJSKzY_rWtuHQxKuHFu4der2Mk8byhhzUoYV7388fA6Evs2tt_LVQAd1b76R4spP1_Bcnx_np3/s1600/tumblr_kzb1l9kWaX1qzjggvo1_500_large.jpg"><img style="float:right; margin:0 0 10px 10px;cursor:pointer; cursor:hand;width: 200px; height: 140px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhhuQFZhY2X8PATZusI-Mxthtbdtf-ix7e6U7aFPoOYZotB-ddj5R0Tdy7bilqM-ZtS5iUJSKzY_rWtuHQxKuHFu4der2Mk8byhhzUoYV7388fA6Evs2tt_LVQAd1b76R4spP1_Bcnx_np3/s200/tumblr_kzb1l9kWaX1qzjggvo1_500_large.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5481155120450655986" /></a><p class="MsoNormal" style="text-align:justify;mso-pagination:none;mso-layout-grid-align: none;text-autospace:none"><span class="Apple-style-span" style="color:#666666;"><span class="Apple-tab-span" style="white-space:pre"><span class="Apple-style-span" style="font-size: small;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:verdana;"> </span></span></span><span class="Apple-style-span" style="font-size: small;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:verdana;">O vento uivando, portas batendo, o barulho dos trovões ecoando nos ouvidos, sombras de árvores entrando pela janela, pessoas correndo na rua querendo chegar logo em suas respectivas casas, buzinas, o ruído da chuva que caia sem cessar, essas e outras infinitas peculiaridades caracterizavam aquela noite.</span></span></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align:justify;mso-pagination:none;mso-layout-grid-align: none;text-autospace:none"><span class="Apple-style-span" style="font-size: small;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:verdana;"><span class="Apple-style-span" style="color:#666666;"></span></span></span><span class="Apple-style-span" style=" color: rgb(102, 102, 102); "><span class="Apple-tab-span" style="white-space:pre"><span class="Apple-style-span" style="font-size: small;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:verdana;"> </span></span></span><span class="Apple-style-span" style="font-size: small;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:verdana;">Há horas estava feito uma estátua virada em direção à janela. Respirava fundo, mas calmamente. Deixara as lágrimas rolarem uma a uma, num silêncio de adormecer qualquer um. Aqueles olhos cor de mel estavam cansados, as pálpebras ficavam fechadas durante alguns segundos quando piscava, parecendo que não iriam mais abrir-se novamente. Era assim durante todo o inverno, em um dia qualquer, aleatoriamente escolhido por sua mente inconformada.</span></span></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;mso-pagination:none;mso-layout-grid-align: none;text-autospace:none"><span class="apple-style-span"><span class="Apple-style-span" style="color:#666666;"><span class="Apple-tab-span" style="white-space:pre"><span class="Apple-style-span" style="font-size: small;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:verdana;"> </span></span></span><span class="Apple-style-span" style="font-size: small;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:verdana;">Havia preparado duas torradas, passando uma breve camada de manteiga sobre elas. O café que havia sido preparado tão calmamente fumaceava, enquanto podia-se ouvir os assovios da chaleira que estava no fogão. Sentada sobre a mesa velha e sem toalha, c</span></span></span></span><span class="Apple-style-span" style="color: rgb(102, 102, 102); "><span class="Apple-style-span" style="font-size: small;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:verdana;">olocou duas colheres de açúcar, e</span></span></span><span class="Apple-style-span" style="color: rgb(102, 102, 102); "><span class="Apple-style-span" style="font-size: small;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:verdana;"> rodava a colher dentro da xícara. </span></span></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;mso-pagination:none;mso-layout-grid-align: none;text-autospace:none"><span class="apple-style-span"><span class="Apple-style-span" style="color:#666666;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: small;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:verdana;">Dava olhadas escondidas para o relógio que estava no canto da parede, encolhida com seus braços apoiados sobre suas pernas, baixinho cantarolava canções de ninar, e as lágrimas começavam a descer feito uma forte correnteza num campo livre, verde e sereno.</span></span></span></span><span class="Apple-style-span" style="color:#666666;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: small;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:verdana;"><o:p></o:p></span></span></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;mso-pagination:none;mso-layout-grid-align: none;text-autospace:none"><span class="apple-style-span"><span class="Apple-style-span" style="color:#666666;"><span class="Apple-tab-span" style="white-space:pre"><span class="Apple-style-span" style="font-size: small;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:verdana;"> </span></span></span><span class="Apple-style-span" style="font-size: small;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:verdana;">Ela foi até o banheiro e começou a preparar a banheira com água quente, enquanto terminava de comer as torradas e bebia o resto do café já quase frio. Passando a mão sobre a água quente, tentava ouvir a voz... Mas era respondida com a chuva e a solidão vinda do quarto. Enquanto esperava a banheira encher, levantou-se e foi até o quarto. Seu coração era tomado de dor, e dentro dele pulsava a saudade. Envolvendo a si mesma com seus braços, recostava-se a parede gelada e observava os bonecos que zombavam de sua tristeza, seus olhos passavam devagar pelas roupinhas dobradas sobre a estante.</span></span></span></span><span class="apple-converted-space"><span class="Apple-style-span" style="color:#666666;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: small;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:verdana;"> </span></span></span><span class="Apple-style-span" style="color:#666666;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: small;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:verdana;"><o:p></o:p></span></span></span></span></p> <span class="apple-style-span"><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="color:#666666;"><span class="Apple-tab-span" style="white-space:pre"><span class="Apple-style-span" style="font-size: small;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:verdana;"> </span></span></span><span class="Apple-style-span" style="font-size: small;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:verdana;">Era essa a dor de todos os invernos, a dor que pedia por remédios para que o sono viesse. A dor de não saber para onde foi, de não saber como está, de imaginá-lo daqui há alguns anos em um pequeno canto da floresta próxima, pegando a chuva, a neve, o sol. Mesmo sabendo que ele nunca mais iria voltar. Tudo que ela desejava no mundo se resumia a uma coisa: Ver o menino molhado passando pela porta. Uma simples rua molhada fez ir embora o motivo de cada respirar seu. Mais um longo sussurro e novamente estava ela deitada, e sozinha na cama macia de seu falecido filho amado.</span></span></span></div></span>Alessandra B.http://www.blogger.com/profile/07998705009901199993noreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-580311792436047107.post-8793369681859543132010-05-28T11:07:00.008-03:002010-05-28T11:22:19.746-03:00Dúvida<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi0j-Pyg-4UosUf0GIs9MPEU08ciAw9BUSPE8rEkyppdLtDRa6Q382dzxF-kX_OXqBVAhyuuU_jizSudoTZOCOSo1cRSo1yBTaC3finUS439wal0n_qUmlGyCNEw-pRmSvTVHOVF72zEZNm/s1600/tumblr_kzrfza1sRG1qai4jxo1_500_large.jpg"><img style="float:right; margin:0 0 10px 10px;cursor:pointer; cursor:hand;width: 200px; height: 169px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi0j-Pyg-4UosUf0GIs9MPEU08ciAw9BUSPE8rEkyppdLtDRa6Q382dzxF-kX_OXqBVAhyuuU_jizSudoTZOCOSo1cRSo1yBTaC3finUS439wal0n_qUmlGyCNEw-pRmSvTVHOVF72zEZNm/s200/tumblr_kzrfza1sRG1qai4jxo1_500_large.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5476323202819866866" /></a><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="color:#666666;"><span class="Apple-style-span" style="font-size:small;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:verdana;"><span class="Apple-tab-span" style="white-space:pre"><span class="Apple-style-span" style="font-size:130%;"><span class="Apple-style-span" style="font-size:16px;"> </span></span></span><span class="Apple-style-span" style="font-size:x-large;">A</span>mor! O que é isso afinal? Nunca consegui encontrar uma resposta coerente. Talvez porque eu nunca o tenha sentido totalmente. Pequenas paixões, amores platônicos... Isso é algo que a maioria das pessoas sentem. Porém, o que elas não sabem é que a diferença entre amor e paixão é maior do que possamos imaginar. Amor é para sempre, algo verdadeiro, complexo e único. Já paixão é algo mais momentâneo ou menos duradouro. Algo que sentimos quando alguém se torna especial para nós. Mas é diferente de amor, muito diferente.</span></span></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="color:#666666;"><span class="Apple-style-span" style="font-size:small;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:verdana;"></span></span></span><span class="Apple-style-span" style=" color: rgb(102, 102, 102); font-family:verdana;font-size:small;"><span class="Apple-tab-span" style="white-space:pre"> </span>As pessoas costumam se comparar a outras, ou simplesmente se espelham em algum relacionamento e querem que o seu (quando tiverem um) seja igual, esquecendo que o amor vai além de todas essas semelhanças. Cada pessoa é única e consequentemente seu modo de viver também é único. Não tem como querer tornar um relacionamento parecido com outro. Até mesmo porque os sentimentos - ou a intensidade deles - são diferentes. </span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style=" color: rgb(102, 102, 102); font-family:verdana;font-size:small;"></span><span class="Apple-style-span" style=" color: rgb(102, 102, 102); font-family:verdana;font-size:small;"><span class="Apple-tab-span" style="white-space:pre"> </span>Eu queria poder afirmar com toda a certeza do mundo que estou amando. Mas provavelmente eu estaria mentindo para mim mesma. Quando vejo algum casal passando na rua, acho tão lindo. Beijos, abraços, carinhos, demonstrações de amor, brincadeiras, risos, apelidos carinhosos... Uma porção de afetos. Entretanto, quando tento me imaginar no lugar de uma daquelas pessoas, simplesmente não consigo. Já admiti várias vezes a mim mesma que estava amando. Mas será que eu estava mesmo?</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><o:p></o:p></p>Alessandra B.http://www.blogger.com/profile/07998705009901199993noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-580311792436047107.post-77145885880553538432010-05-20T16:13:00.004-03:002010-05-20T16:29:36.887-03:00Angústia<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhtzA7UI0-_u_yeOXkHr-Q8Cgr0rBndx9gr8QOJ6hhJStvFkZAiSLk5orRumYx7ztz6SH9sgh27IHqR1dyMJytL8K3-CsJx1q3SFNXjf_iF2zKhiQ5YI903rfsORtcCr5d-vdYyGI7RCpTM/s1600/tumblr_kwnfobXObE1qzu1fjo1_500_large.jpg"><img style="float:right; margin:0 0 10px 10px;cursor:pointer; cursor:hand;width: 200px; height: 129px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhtzA7UI0-_u_yeOXkHr-Q8Cgr0rBndx9gr8QOJ6hhJStvFkZAiSLk5orRumYx7ztz6SH9sgh27IHqR1dyMJytL8K3-CsJx1q3SFNXjf_iF2zKhiQ5YI903rfsORtcCr5d-vdYyGI7RCpTM/s200/tumblr_kwnfobXObE1qzu1fjo1_500_large.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5473436504449647698" /></a><span class="apple-converted-space"><div style="text-align: justify;"><span class="apple-converted-space"><span><span class="Apple-style-span" style="font-family:verdana;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: x-large;"><span class="Apple-style-span" style="color:#666666;">O</span></span></span></span><span><span class="Apple-style-span" style="font-family:verdana;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: x-large;"><span class="Apple-style-span" style="color:#666666;"> </span></span></span></span></span><span class="apple-style-span"><span><span class="Apple-style-span" style="font-family:verdana;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: small;"><span class="Apple-style-span" style="color:#666666;">típico dia em que está tudo errado. Um dia no qual sua alma está desgastada, amarga; e você percebe que as coisas já não merecem mais o seu interesse. Até ao olhar para o lado você percebe que as pessoas estão te encarando de um modo diferente. Risos maliciosos, olhares de reprovação... Você se pergunta se isso é reflexo do seu humor afogado na mais profunda e lamacenta depressão ou se é apenas uma terrível paranóia criada pela sua mente perturbada. Esse tipo de problema deveria ser coisa passageira, principalmente nos adolescentes, que não sabem lidar com os hormônios num carnaval explosivo dentro de seus corpos em desenvolvimento, não é? Mas e se você carrega consigo esses sintomas, ditos normais, há tanto tempo que nem consegue se lembrar de como é ter paz de espírito? Nada soa tão simples quanto deveria ser. Toda essa angústia pode estar muito além de uma casca que aparenta delicadeza e ingenuidade.</span></span></span></span></span></div></span>Alessandra B.http://www.blogger.com/profile/07998705009901199993noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-580311792436047107.post-47007662856441747322010-05-06T14:35:00.008-03:002010-05-06T15:25:37.140-03:00Lembranças<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhTAY8naEO8-5GXpEpIuzGhGGfU56jQ1_I70sWQ3sbrJAVMF9cNwzcppbfcEXSmyHWyvA-jm2r7zufxsLtLrdKCHn06vhQdD7AjBe0CEi4murt3hYh5T1Er6b8Kq9sb3nAQM32lmIhTHTFN/s1600/tumblr_kzqk7cHtkO1qa2ztoo1_500_large.jpg"><img style="float:right; margin:0 0 10px 10px;cursor:pointer; cursor:hand;width: 200px; height: 133px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhTAY8naEO8-5GXpEpIuzGhGGfU56jQ1_I70sWQ3sbrJAVMF9cNwzcppbfcEXSmyHWyvA-jm2r7zufxsLtLrdKCHn06vhQdD7AjBe0CEi4murt3hYh5T1Er6b8Kq9sb3nAQM32lmIhTHTFN/s200/tumblr_kzqk7cHtkO1qa2ztoo1_500_large.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5468222576155092146" /></a><p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span><span class="Apple-tab-span" style="white-space:pre"><span class="Apple-style-span" style="color:#666666;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:verdana;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: small;"> </span></span></span></span><span class="Apple-style-span" style="color:#666666;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:verdana;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: small;">E</span></span></span><span class="Apple-style-span" style="color:#666666;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:verdana;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: small;">ra madrugada de uma sexta-feira. Podia-se ouvir nitidamente os trovões que caiam, até as paredes ecoavam. Vez ou outra ouvia-se o barulho do tráfego, que era abafado pela chuva que caia sem cessar. Me dirigi até a sala e nem mesmo foi preciso acender as luzes, já que os clarões causados pelos relâmpagos iluminavam o suficiente. Sentei no sofá e fiquei ali, imóvel. Apenas ouvindo aquele barulho agradável da chuva.</span></span></span></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span><span class="Apple-tab-span" style="white-space:pre"><span class="Apple-style-span" style="color:#666666;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:verdana;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: small;"> </span></span></span></span><span class="Apple-style-span" style="color:#666666;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:verdana;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: small;">Senti sono. Minhas pálpebras se cansaram. Meus olhos lutavam e relutavam tentando. Mas eu continuava mantendo-os abertos. Voltei pacientemente até meu quarto e me deitei. Virava para um lado. Virava para o outro. Toda inquieta. Procurando por algo que não podia sem encontrado. Parecendo querer alguma coisa, que já era de minha posse (ou não). A agonia, sempre vinha com lembrança. Lembranças boas até. Elas serviam de sustentação debaixo dos meus olhos. Não os deixando cair. Não os deixando cair no sono. Me manter acordada era me manter viva. Manter-me acordada... Mantendo vivas as lembranças. Mas eu não queria. Queria que tudo aquilo fosse embora como ao acordar após um sonho longo e profundo. E que um novo sonho sem sentido viesse tomar conta de mim. Então, como esperava fui vencida pelo cansaço. E um pouco de medo. Você sabe. Sempre fui vulnerável às coisas que me traziam lembranças passadas. Você, por exemplo.</span></span></span></span></p>Alessandra B.http://www.blogger.com/profile/07998705009901199993noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-580311792436047107.post-15605388812769141352010-04-26T16:46:00.007-03:002010-06-10T11:40:02.803-03:00Velório Ensanguentado<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhnSkPdcYDvUHvateKmAYKtZ5lzOJ-T-V3E1pGzzAPbZOpMSmcUEtTA16P-SDN9n8Ev85mGuiSYtbL4IlzPLp3wriQDjCycnVFDEf-qcMb9rTEGwMeR1ZnZNGPvIdw3S2DIMCw3PJeieQ85/s1600/tumblr_ksywjxm7311qzgqhio1_500_large.jpg"><img style="float:right; margin:0 0 10px 10px;cursor:pointer; cursor:hand;width: 200px; height: 134px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhnSkPdcYDvUHvateKmAYKtZ5lzOJ-T-V3E1pGzzAPbZOpMSmcUEtTA16P-SDN9n8Ev85mGuiSYtbL4IlzPLp3wriQDjCycnVFDEf-qcMb9rTEGwMeR1ZnZNGPvIdw3S2DIMCw3PJeieQ85/s200/tumblr_ksywjxm7311qzgqhio1_500_large.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5481154671303142162" /></a><span class="Apple-style-span" style="font-size:small;"><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="line-height: 20px; "><span class="Apple-style-span" style="color:#666666;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:verdana;"><span class="Apple-style-span" style="font-size:x-large;"><span class="Apple-style-span" style="font-size:x-large;"><span class="Apple-tab-span" style="white-space:pre"><span class="Apple-style-span" style="font-size:130%;"><span class="Apple-style-span" style="font-size:16px;"> </span></span></span><span class="Apple-style-span" style="font-size: small;">E</span></span></span></span></span><span class="Apple-style-span" style="color:#666666;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: small;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:verdana;">ra uma tarde chuvosa, e ela sabia que logo a sirene viria — ela era uma mulher alta, branca, e os sinais da velhice apareciam nitidamente em seu rosto. Seus olhos verdes eram como duas florestas escuras que escondem em si mistérios. Depois de muito tempo ouvindo a chuva, caminhou até o quarto e pegou um vestido preto que batia nos joelhos e que as mangas cobriam os ombros e o vestiu. O penteado era comportado e elegante. Nela havia ar de assombração, e o batom escuro veio a calhar. O motivo da cerimônia: Chegar ao alto da janela do apartamento e ver o mundo morrendo. O velório particular dela estava com previsão de término para meados de quando as pessoas se destruíssem e não sobrasse nada além de poeira.</span></span></span></span></div></span><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:Trebuchet, 'Trebuchet MS', Arial, sans-serif;font-size:100%;color:#666666;"><span class="Apple-style-span" style=" line-height: 21px;font-size:13px;"><span class="Apple-style-span" style="color: rgb(230, 230, 230); line-height: normal; "><div class="post-body entry-content" style="margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 0.75em; margin-left: 0px; line-height: 1.6em; "><span class="Apple-style-span" style=" line-height: 20px; "><span class="Apple-style-span" style="color:#666666;"><span class="Apple-tab-span" style="white-space:pre"><span class="Apple-style-span" style="font-size: small;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:verdana;"> </span></span></span><span class="Apple-style-span" style="font-size: small;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:verdana;">A sirene enfim chegou à sacada, começando a fazer feridas no coração da mulher que ali estava. O olhar dela era de uma viúva que acabara de perder o marido amado, e que ele tivesse levado consigo parte dela. As luzes que alcançavam o sétimo andar passavam por seu rosto e já penetravam em seus olhos, queimando-os. De repente, todo o seu medo foi transformado num ódio brutal, e sentira a amarga vertigem de querer se vingar. Ela não ganharia o mundo, mas saciaria seu objetivo.<br /></span></span><span class="Apple-tab-span" style="white-space:pre"><span class="Apple-style-span" style="font-size: small;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:verdana;"> </span></span></span><span class="Apple-style-span" style="font-size: small;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:verdana;">O único jeito de se vingar era morrer, e então a violência não teria platéia. Já decidida, caminhou até a cozinha e pegou uma faca. Chegou a ver seu reflexo nela, e logo depois veio o alívio. Ela estava morrendo. Já tinha caído de joelhos com o objeto de metal enterrado em seu peito e as mãos estavam firmes em volta do cabo.<br /></span></span><span class="Apple-tab-span" style="white-space:pre"><span class="Apple-style-span" style="font-size: small;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:verdana;"> </span></span></span><span class="Apple-style-span" style="font-size: small;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:verdana;">Já dava para se ouvir o pisar frenético dos pés pelas escadas. Eram passos rápidos e categóricos que subiam os degraus para socorrer mais uma vítima. Era o trabalho deles. Ela ouvia de longe vozes, viu vagas luzes em sua cara. Os salvadores de vida chegaram enfim ao seu apartamento, mas não a tempo de ela mudar de ideia sobre morrer. Pelo menos a morte ela havia escolhido. Pensava naqueles que ao menos puderam escolher, e inocentemente morreram. Foi um lindo martírio, mas infelizmente ela estava a caminho de um lugar bem pior do que aquele mundo. Foi triste para todos que sabiam disso. Adeus para mais uma vítima da violência.</span></span></span></span><div style="clear: both; "></div></div><div class="post-footer" style="margin-top: 0.75em; margin-right: 0px; margin-bottom: 0.75em; margin-left: 0px; color: rgb(230, 230, 230); text-transform: uppercase; letter-spacing: 0.1em; font: normal normal normal 78%/normal 'Trebuchet MS', Trebuchet, Arial, Verdana, sans-serif; line-height: 1.4em; "><div class="post-footer-line post-footer-line-1"><br /></div></div></span></span></span></div>Alessandra B.http://www.blogger.com/profile/07998705009901199993noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-580311792436047107.post-6344220265095947122010-04-16T11:50:00.007-03:002010-04-16T13:46:09.882-03:00Sentimentos<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhFRcgwFwpCRkfeHUT7diyr8eh22MRL6Yysdz74S7hw4zFtdZl52WKAha43C_2jJAY4HVK6cz3VyWHpVQ0SIHhlONGqp6fb3L1naJdw6t4yNE2TWQWU0kQ_5BuNv3M_bCzQMKtUpv5rKoYG/s1600/tumblr_kwg6p526VE1qa7oueo1_500_large.jpg"><img style="float:right; margin:0 0 10px 10px;cursor:pointer; cursor:hand;width: 200px; height: 134px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhFRcgwFwpCRkfeHUT7diyr8eh22MRL6Yysdz74S7hw4zFtdZl52WKAha43C_2jJAY4HVK6cz3VyWHpVQ0SIHhlONGqp6fb3L1naJdw6t4yNE2TWQWU0kQ_5BuNv3M_bCzQMKtUpv5rKoYG/s200/tumblr_kwg6p526VE1qa7oueo1_500_large.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5460748487314910930" /></a><p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt;line-height: 19.2pt"><span class="apple-style-span"><span><span class="Apple-style-span" style="color:#666666;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:verdana;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: x-large;">O</span></span><span class="Apple-style-span" style="font-family:verdana;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: x-large;"> </span><span class="Apple-style-span" style="font-size: small;">quarto está escuro e eu estou com medo. Tem uma luz ligada no corredor, mas nada de você. Ouço vozes, absorvo tristezas, e cadê você? Não quero escrever nada. Não quero ouvir nada. Não quero nada além de abraços seus. Além de chatices suas. Além de ligar a televisão e imaginar você vendo e ouvindo tudo que eu vejo e ouço. E são diversas as vezes que me faltam argumentos, palavras e sentimentos. Só me tomo por saudade. E cadê você? O bom de tudo isso é que a verdade é suma. Você mora dentro de mim. Você me faz sentir saudade dentro de mim. Bem dentro. E é nessa hora que todas as perguntas vêm como respostas. Você não está em nenhum lugar tão longe. O tempo todo você esteve aqui. O tempo todo você vai permanecer aqui. Eu em você e você </span></span></span><st1:personname productid="em mim. Mesmo" st="on"><span class="Apple-style-span" style="color:#666666;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:verdana;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: small;">em mim. Mesmo</span></span></span></st1:personname><span class="Apple-style-span" style="color:#666666;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:verdana;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: small;"> que passe dias sem conforto e sem chatices e sem o que você é, e sem o que eu sou. Você vai estar aqui. Quando estiver escuro, vou sentir segurança pensando </span></span></span><st1:personname productid="em voc↑. Porque" st="on"><span class="Apple-style-span" style="color:#666666;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:verdana;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: small;">em você. Porque</span></span></span></st1:personname><span class="Apple-style-span" style="color:#666666;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:verdana;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: small;"> todas as luzes se apagam e você é gigante perto de mim. Mesmo que só o alcance do meu pensamento te busque. Todas as palavras que dizemos um ao outro sem sequer dizer qualquer palavra, me fazem agora ter certeza que o que eu sinto por você é maior do que qualquer diferença e qualquer atrito. Só venho ter certeza disso quando penso em todos os sentimentos que já me foram proporcionados. Nunca foi maior ao número de vezes que senti vontade de não sentir mais vontade de você. Por mais paixão que já senti por alguém. Nunca se intensificou tanto quando ao número de vezes que meu coração dentre batidas chamavam teu nome. E todos os sentimentos que você e eu já sentimos juntos. Com ninguém nunca foi maior. Com você é tudo maior. Você é realmente gigante </span></span></span><st1:personname productid="em mim. E" st="on"><span class="Apple-style-span" style="color:#666666;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:verdana;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: small;">em mim. E</span></span></span></st1:personname><span class="Apple-style-span" style="color:#666666;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:verdana;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: small;"> quando repito isso em ritmos rápidos é porque a saudade de você me faz acelerar. A sua diferença me sustenta e a cada minuto você renova e faz desse amor essa loucura toda. Isso nunca vai deixar de ser amor. Certeza, e certeza também de que ninguém nunca vai me fazer sentir o escuro tão claro quanto você faz. Você é diferente de tudo e de todos. Você é a insegurança segura que o meu coração sempre procurou. E nunca vai encontrar em alguém de novo.</span></span></span></span></span><span style="font-family:Arial;font-size:10.0pt;color:#333333;"><o:p></o:p></span></p>Alessandra B.http://www.blogger.com/profile/07998705009901199993noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-580311792436047107.post-10874801566550602442010-04-02T16:30:00.008-03:002010-04-02T16:57:35.029-03:00Indecisão<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj08Qm-K8UwFkujzhawD5SFHTRFvZ4pvQCPwOpdL1TVOWidrDf2Uhg3ShX38bvUAg6NFWneJKCWwtPJ9I3PJXx3wFpCFB2cVCOLVe2ohEvG6WPnxpwwdkGrrfYMoKvF-5F5IEwyG7EGovqH/s1600/tumblr_ktq7z354GJ1qzsw4qo1_500_large_large.jpg"><img style="float:right; margin:0 0 10px 10px;cursor:pointer; cursor:hand;width: 200px; height: 133px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj08Qm-K8UwFkujzhawD5SFHTRFvZ4pvQCPwOpdL1TVOWidrDf2Uhg3ShX38bvUAg6NFWneJKCWwtPJ9I3PJXx3wFpCFB2cVCOLVe2ohEvG6WPnxpwwdkGrrfYMoKvF-5F5IEwyG7EGovqH/s200/tumblr_ktq7z354GJ1qzsw4qo1_500_large_large.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5455626304803379698" /></a><p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt"><span><span class="Apple-style-span" style="font-family:verdana;"><span class="Apple-style-span" style="color:#666666;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: x-large;">P</span></span><span class="Apple-style-span" style="color:#666666;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: small;">asso a noite em vão, acordada. Pensando em todos os momentos felizes que passamos juntos. Mas aí, como que numa fração de segundos, todo aquele envolto de harmonia some. E eu lembro o quanto fiz você sofrer, ao tornar tudo àquilo </span></span></span><st1:personname productid="em passado. N ̄o" st="on"><span class="Apple-style-span" style="font-family:verdana;"><span class="Apple-style-span" style="color:#666666;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: small;">em passado. Não</span></span></span></st1:personname><span class="Apple-style-span" style="font-family:verdana;"><span class="Apple-style-span" style="color:#666666;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: small;"> que para mim não tivesse sido difícil, mas eu ainda poderia ter voltado atrás. Entretanto não o fiz. Achei que assim fosse melhor, para ambos os lados. <o:p></o:p></span></span></span></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt"><span><span class="Apple-style-span" style="font-family:verdana;"><span class="Apple-style-span" style="color:#666666;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: small;">O tempo passou, e eu achei que já tivesse superado tudo aquilo. Mas numa certa madrugada, quando comecei a envolver minha mente em pensamentos, você foi quem mais predominou nela. E me fez derramar uma lágrima, de saudade talvez. Por um breve momento, tudo o que mais queria era você ao meu lado, ou simplesmente saber se você ainda sentia algo por mim. <o:p></o:p></span></span></span></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt"><span><span class="Apple-style-span" style="font-family:verdana;"><span class="Apple-style-span" style="color:#666666;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: small;">Já estou acostumada a decepcionar as pessoas, é o que eu faço de melhor – infelizmente. Não foi nenhuma novidade para mim, saber que você estava fazendo de tudo para me esquecer, depois de tudo o que aconteceu. E eu não sabia o que fazer, mas me sentia mal com tudo aquilo. Por mais que você estivesse tendo a atitude correta, não era aquilo que eu queria. Mais do que nunca, eu precisava de você, aqui comigo. Eu até tentava esconder o que sentia, por medo de sofrer talvez. Mas o ciúme que eu sentia de você, era mais óbvio do que qualquer outra coisa. Não conseguia imaginá-lo ao lado de outra garota, que não fosse eu. Não conseguia imaginá-lo dizendo para outra garota o que antes, você dizia para mim. Eu não queria isso! Não tinha motivos para eu agir assim, tão possessiva sobre você. Mas eu nunca soubera explicar o que realmente sentia. A única coisa que eu sabia era que você mexia comigo, de alguma forma. <o:p></o:p></span></span></span></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt"><span><span class="Apple-style-span" style="font-family:verdana;"><span class="Apple-style-span" style="color:#666666;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: small;">Claro, era besteira eu dizer isso para você. Afinal, eu sempre fui tão indecisa que seria difícil para você acreditar. Aliás, talvez você nunca tivesse acreditado no que eu realmente sentia por ti, mas era verdadeiro. Tudo o que eu queria era que você entendesse o meu lado também, por mais difícil que fosse. Provavelmente você sempre deve ter pensado que eu estava apenas brincando com os seus sentimentos, como se fosse um brinquedo. Mas não. Eu realmente não conseguia entender o que eu sentia dentro de mim, e eu me odiava por isso. <o:p></o:p></span></span></span></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt"><span><span class="Apple-style-span" style="font-family:verdana;"><span class="Apple-style-span" style="color:#666666;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: small;">Indecisão seria a palavra que melhor me define, ou talvez não. Mas ao menos naquele momento, era. Você não é um dos homens mais pacientes que existem, nunca foi. E talvez para você estivesse sendo mais difícil do que eu imaginava. Mas eu sempre procurei entender seu lado também, eu imagino como devia estar sendo complicado. <o:p></o:p></span></span></span></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt"><span><span class="Apple-style-span" style="font-family:verdana;"><span class="Apple-style-span" style="color:#666666;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: small;">Você havia cansado de me esperar, havia cansado de me dar tempo. E eu ainda não havia conseguido montar o quebra-cabeça que estava na minha cabeça. Talvez eu nunca consiga. Mas juro que tentei, noites inteiras sem dormir, pensamentos que não me levavam a conclusão alguma. <o:p></o:p></span></span></span></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt"><span><span class="Apple-style-span" style="font-family:verdana;"><span class="Apple-style-span" style="color:#666666;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: small;">Mas agora já é tarde demais...</span></span></span><o:p></o:p></span></p>Alessandra B.http://www.blogger.com/profile/07998705009901199993noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-580311792436047107.post-54287473240445588872010-03-05T16:32:00.004-03:002010-03-05T16:53:20.619-03:00<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiNLzUHc6a5lZKi-RUXAWxoWj8C09LeJ_bGNMIIXgBgIEtYPa-8XskayVFhQngcp8vyGG0FMWYiPZZt7snnOv3zpaDBIEOqwnOfF0SE7lXXqGiHbkbRUkQx5l5K4JP4oFFlKlYAnKFAznkU/s1600-h/tumblr_ksoo2tmxby1qa29c9o1_500_large.jpg"><img style="float:right; margin:0 0 10px 10px;cursor:pointer; cursor:hand;width: 200px; height: 133px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiNLzUHc6a5lZKi-RUXAWxoWj8C09LeJ_bGNMIIXgBgIEtYPa-8XskayVFhQngcp8vyGG0FMWYiPZZt7snnOv3zpaDBIEOqwnOfF0SE7lXXqGiHbkbRUkQx5l5K4JP4oFFlKlYAnKFAznkU/s200/tumblr_ksoo2tmxby1qa29c9o1_500_large.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5445240149751556210" /></a><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style=" line-height: 15px; font-family:verdana;"><span class="Apple-style-span" style="color:#666666;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: small;"><span class="Apple-tab-span" style="white-space:pre"> </span><span class="Apple-style-span" style="font-size: x-large;">D</span></span></span></span><span class="Apple-style-span" style=" line-height: 15px; font-family:verdana;"><span class="Apple-style-span" style="color:#666666;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: small;">e tudo que passou, o que sobrou foi a única coisa que eu não queria que sobrasse: o meu amor por você. E apesar de saber, agora mais do que nunca, que nada vai acontecer, eu continuo a insistir no que sinto por você. Falando assim, parece que eu gosto de me machucar, mas não é bem assim. Eu quero te esquecer, e você sabe que é isso o que devo fazer... Você também deve esquecer o pouco que sente por mim, mas essa tarefa se torna difícil quando eu consigo ficar dias sem pensar em você e de algum modo você aparece e tudo volta, sem mais nem menos, me fazendo chorar e perder mais dias pensando, escrevendo e fazendo tudo sobre você. E isso não é nada comparado a dor que sinto ouvindo você mandar te esquecer e dizer que já está me esquecendo, sendo que nos dias seguintes você fica mal por saber que eu conheci outro cara, mesmo eu não sentindo nada por ele. Confuso, não é? Pois fica bem pior quando eu sonho com você ou começo a imaginar você comigo, sem essa distância, retribuindo o que eu sinto, me amando como eu te amo. Dói. Muito, e eu nem sei descrever essa dor. Mas, chegou o momento em que eu comecei a me acostumar, e tenho que aceitar que eu nunca vou poder te chamar de amor. E agora, tudo que eu sinto por você eu escrevi num pedaço de papel, o que me ajuda a não te esquecer. Burrice? Não. Sei que me machuco mais, só que apesar de tudo, as vezes vale a pena arriscar, e como você disse, no jogo do amor vale tudo. Porque, talvez, mesmo com tudo isso, você seja tudo que eu sempre quis. Posso estar errada, mas há algum problema em estar apaixonada, em querer ser amada? Acho que não.</span></span></span></div>Alessandra B.http://www.blogger.com/profile/07998705009901199993noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-580311792436047107.post-79386552436294107742010-02-21T01:14:00.007-03:002010-02-21T01:44:27.503-03:00<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEimooZVJKlhgJKXDPGmayqa2-dtjRQvxAJWaLsP2GbRwo7BMkO73306SRFTS1oLb_rnv9i8IPXQLAszjAfx8nf9kXM5NU-smVrrOgRkq-FaeMHMu7HPcNcSqfAs_DlJPitS5_LstiCHXjuM/s1600-h/3922138088_8b68a5519f_large.jpg"><img style="float:right; margin:0 0 10px 10px;cursor:pointer; cursor:hand;width: 200px; height: 126px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEimooZVJKlhgJKXDPGmayqa2-dtjRQvxAJWaLsP2GbRwo7BMkO73306SRFTS1oLb_rnv9i8IPXQLAszjAfx8nf9kXM5NU-smVrrOgRkq-FaeMHMu7HPcNcSqfAs_DlJPitS5_LstiCHXjuM/s200/3922138088_8b68a5519f_large.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5440551670479414690" /><span class="Apple-style-span" style="color: rgb(102, 102, 102); -webkit-text-decorations-in-effect: none; font-family:verdana;"></span></a><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="color:#666666;"><p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt"><span class="Apple-style-span" style="font-family:verdana;"><span class="Apple-style-span" style="font-size:x-large;">E</span><span class="Apple-style-span" style="font-size:small;">stremeci. Meu coração começou a disparar, incontroladamente. Pude ouvir nitidamente o tic-tac do relógio. E a cada meia hora ecoava o badalar do mesmo. Pude sentir o medo tomando conta de mim, mas fui mais forte do que ele. Em passos longos e suaves cruzei o corredor e fui até a sala, onde o barulho do relógio era mais inquietante. Agora a chuva começava a cair com um ruído tranqüilo, que foi capaz de me tranqüilizar. Embora eu ainda estivesse suando frio. </span></span><o:p><span class="Apple-style-span" style="font-family:verdana;"><span class="Apple-style-span" style="font-size:small;">Minha mente estava longe, vagando em pensamentos medonhos. Queria sair correndo dali, e gritar. Mas meu corpo não era capaz de mexer-se. Mesmo contra minha vontade, fiquei ali – imóvel – meu corpo sem nenhuma reação, incapaz de me obedecer.</span></span></o:p></p><p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt"><o:p><span class="Apple-style-span" style="font-family:verdana;"><span class="Apple-style-span" style="font-size:small;">A decoração daquela casa era tão apavorante quanto aquele silêncio ensurdecedor. Sim, ensurdecedor. Acho que era a palavra mais adequada para a situação. Minhas pernas bamboleavam, minha testa suava e eu podia sentir o ritmo do meu coração acelerar a cada soar do relógio. Nesse momento o vento soava tão fortemente que abriu a janela, fazendo com que o frio tomasse conta de mim e apagando a vela, que era a única iluminação que havia ali.</span></span></o:p></p><p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt"><o:p><span class="Apple-style-span" style="font-family:verdana;"><span class="Apple-style-span" style="font-size:small;">A escuridão e eu, foi tudo o que restou.</span></span></o:p></p></span></div>Alessandra B.http://www.blogger.com/profile/07998705009901199993noreply@blogger.com3